Discóbolo de Mirón

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Símbolo da Educação Física

Desaparecidos

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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Rio 2016 e nós, tudo a ver?

É discutível a escolha da cidade do Rio de Janeiro para sediar os jogos em 2016. Primeiramente é preciso pensar na prioridade que há neste evento, uma vez que terá gastos extraordinariamente grandes no seu custeio total, sendo esse dinheiro, em quase sua totalidade, recolhido de nossos impostos. Depois se faz necessário recordar eventos anteriores e o que nos restou de patrimônio.

Está escrito na Constituição Brasileira que o cidadão tem direito a saúde e educação pública, gratuita e de qualidade , dentre outros direitos. Baseado em dados estatísticos, sabe-se que o Brasil, mesmo após especulações de sair da situação de devedor do FMI, os índices de analfabetismo são altos, a concentração de renda se faz presente. o Brasil precisa de reforma agrária, reforma tributária, reforma no sistema de saúde, de educação, de transporte, de habitação e diminuição dos índices de violência.

Sabe-se que após o PAN, recentemente ocorrido no mesmo município, sobraram obras abandonadas e com manutenções a serem feitas, algumas viaturas e alguns ônibus. Os assaltos continuaram, o tráfico mostrou seu poder, derrubou o primeiro helicóptero militar da história deste Estado e durante a incursão do Complexo do Alemão apareceram armamentos de grosso calibre, bazucas e armas que nem as forças armadas teriam permissão para uso. A corrupção imperou. E impera!

As enchentes continuaram e diversas regiões no Brasil tiveram catástrofes que não pouparam vidas. Trabalhos de prevenção não foram feitos. As verbas destinadas para os reparos e as indenizações de famílias são diversas vezes maiores que os gastos que poderiam ter sido feitos, fora as vidas que seriam poupadas. Tragédias aconteceram em Angra dos Reis, Santa Catarina, Duque de Caxias, São Paulo (incontáveis vezes)
e recentemente na região serrana.

Pode ser que este evento venha a deixar bons frutos, mas não sejamos tolos a ponto de pensar que só isso trará. É aceitável o fato de que se houvesse um plebiscito a população aprovaria o Rio 2016, mas até que ponto é lúcida essa atitude? A população reconhece os prós e os contras? Pois deveria, uma vez que as verbas vêm do seu bolso, digo, do nosso. Os investimentos em infra-estrutura para comportar o evento serão feitos, para comportar as encostas desabando serão? Para conter o crime serão? Para oferecer trabalho, educação, saúde e moradia serão?

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