Discóbolo de Mirón

Discóbolo de Mirón
Símbolo da Educação Física

Desaparecidos

http://nicholasgimenes.blogspot.com/2007/10/projeto-pessoas-desaparecidas.html

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Criança esperança jamais!

http://www.youtube.com/watch?v=QHHwwktEBEk&feature=related

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Rota de fuga para o professor de Educação Física: a recente oferta de trabalho no funcionalismo público*

Por: Mike Pontes

A partir do fim da era FHC, a contratação de funcionários públicos por meio de concursos realizados através de provas específicas aumentou significativamente se comparada a outras presidências anteriores no Brasil. A busca por uma vaga estável no funcionalismo público ficou estabelecida como prioridade para os professores trabalhadores nesse país, já que o piso salarial do professor é baixo e a compensação forçada se dá por extensas cargas horárias de trabalho diárias

O exército de reserva de professores formados em educação física é crescente a cada ano. A instabilidade se torna maior na medida em que existem professores desempregados esperando por uma vaga, independente da intensidade de sua insalubridade.

Mesmo com o piso salarial baixo, se comparado a outras profissões, o perfil do professor continua o mesmo. Trabalha em carga horária elevada, no caso do professor de educação física trabalha em academia em muitas atividades e quando em escola, em quantidade de turmas cada vez maiores. Às vezes o professor trabalha nas duas áreas.

O fato de ter a carga horária extensa torna a qualidade do trabalho do mesmo profissional cada vez mais baixa, partindo do princípio que o mesmo precisa planejar suas aulas, estudar e complementar sempre sua formação (esta última também exigência de mercado).

Partindo do princípio que o professor de educação física faz parte de uma categoria que possui características comuns a outras profissões do magistério, se faz mister uma análise do problema, tendo em vista que na Universidade este professor atualmente sofre com uma fragmentação na divisão do seu currículo obrigatório (licenciatura e bacharelado).

Os concursos públicos geraram um nicho de mercado próprio, são vendidas apostilas, cursos preparatórios aumentam em quantidade, nos locais de prova o mercado informal aumenta, dentre outros.

O objetivo deste texto é observar, o fato de historicamente o professor de educação física ter mudado o seu foco de trabalho. Por conta de crises atuais do capitalismo, o desemprego é crescente e o número de professores formados aumenta além das necessidades da sociedade. A quantidade de Universidades idem.

Em muitas instâncias a educação é tratada como mercado, como forma de lucro e é preciso enxergar esse fenômeno para além da aparência. Criar um curso de nível superior para a área de educação física não é caro, se comparado a outros, como medicina, odontologia, etc. Porém, o que se nota, é a crescente oferta de vagas em cursos de educação física por universidades particulares, o que gera, no futuro, excesso de oferta de mão de obra, ou, exército de reserva de mercado.

Com perspectivas de emprego reduzidas, a vaga no funcionalismo público passa, a partir de então, a ser um sonho para os professores, inclusive os de educação física, mas como se sabe, neste sistema não há oportunidades para todos. A concentração de renda é progressiva e a menor parcela da população ainda retém a maior parte das riquezas. Enquanto a exploração do homem pelo homem prevalecer no capitalismo haverá esta disputa e a maioria não conseguirá atingir seus objetivos, que em grande parte são somente a conquista de um trabalho digno, salários melhores, cargas horárias não excessivas e estabilidade diferente do que se consegue trabalhando no setor privado atualmente.

Ainda é percebível a incerteza gerada por conta da dependência de governos futuros. Não se sabe como serão as condições de trabalho para o funcionalismo público em uma próxima gestão presidencial. Menos ainda se pode imaginar no serviço privado.


*Trabalho em construção - acrescentarei detalhes a posteriori.

sábado, 22 de maio de 2010

GUERRA COVARDE DA HUMANIDADE CONTRA OS ANIMAIS, por Germano Woehl Jr.

Por: Germano Woehl Jr.


Como sabemos a humanidade sempre foi inimiga dos animais e travou uma guerra sangrenta contra eles, que se intensificou nos últimos 10 mil anos. É uma guerra covarde porque os animais ficaram indefesos e estão acuando diante da população humana que se multiplica rapidamente.

Mas vivemos um momento histórico, onde alguns de nós, humanos, passamos para o outro lado, ou seja, para o lado dos animais e passamos a defendê-los deste massacre. Tornamo-nos fiéis aliados dos animais contra o pior inimigo.

Uma força que ganhamos recentemente é a internet, que está liquidando com o poder da mídia, que já não consegue controlar a mente das pessoas, mostrando só um lado que pode ser tanto o lado da verdade como da mentira, conforme as conveniências que visam sempre a audiência, ou seja, o lucro (dinheiro), e não necessariamente valores éticos.

O episódio das imagens hediondas do roubo de ovos de tartarugas em uma da Costa Rica, que são comprovadamente verídicas, mostrando claramente as pessoas saqueando os ovos para vender aos bares e restaurantes, diante das mamães tartarugas sem se importar do estresse que causam ao animal nesta hora (é a mesma coisa que roubar o filho de uma mãe durante o parto).

As imagens circulam com força na internet mesmo após as investidas da mídia tradicional tentando desmentir uma violência claramente registrada nas imagens. Em fevereiro, tivemos a nota publicada pelo projeto TAMAR, de autoria do coordenador do projeto do Aquário do Rio de Janeiro, o maior da América Latina (que vai manter em cativeiro 12 mil peixes). Todas as notas publicadas na internet defendendo o roubo de ovos foram massacradas com uma saraivada de comentários, com criticas severas e bem consistentes.

Esta nota do projeto TAMAR foi publicada em todos os portais. Não adiantou nada! As imagens continuaram circulando com mais intensidade ainda. Neste domingo, tivemos aquela explicação confusa do quadro Detetive Virtual, do Fantástico, que apenas repetiu esta explicação manjada e não surtiu nenhum efeito em deter a força da internet, nossa poderosa arma para defender os animais indefesos nesta guerra cruel e covarde que a humanidade declarou contra eles.

Devemos continuar lutando, divulgando o e-mail com as imagens e o artigo que escrevi defendendo os animais, mostrando um outro ponto de vista, que está neste link

http://www.oeco.com.br/germano-woehl/85-germano-woehl/23851-a-pegadinha-da-geracao-de-renda-com-ovos-de-tartaruga

Neste artigo há outros links para as matérias que a própria Globo fez, mostrando como estas imagens foram importantes para chamar a atenção das autoridades (fiscalização) de que este problema ocorre no Brasil e é muito grave.

Germano Woehl Junior

Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade: http://www.ra-bugio.org.br/

Fonte: http://www.institutoninarosa.org.br/textos/269-guerra-covarde-da-humanidade-contra-os-animais-por-germano-woehl-jr

Autor do texto: Germano Woehl Junior

Acesso em: 22/05/2010



sábado, 8 de maio de 2010

Mãe, "eu tenho uma guitarra elétrica"!

Mãe. Não poderia começar com outra palavra se o objetivo é escrever de quem mais merece atenção nesse momento. Quando paramos pra pensar em nossas mães? Já pensamos nos sacrifícios que elas tiveram para parir um filho? Como homem não sou a pessoa mais adequada para descrever em palavras as dificuldades e dores que sofreram desde nosso nascimento até nossa maior idade, diga-se de passagem, que nessa sociedade a emancipação legal não significa independência. Ainda continuamos em grande número, “agarrados na barra da saia da mãe”. Qual é a primeira palavra que falamos quando estamos doentes? Qual é a primeira pessoa que chamamos quando estamos doentes? Quando estamos com fome, de qual comida lembramos? Quem nos deu nosso primeiro alimento?


Essa última regra vale para todas as espécies. É a mais importante. Todos que estão vivos e habitam neste planeta só estão nessa condição porque tiveram uma mãe. Devemos nossa vida para nossas mães. E o que ela pede em troca? Muitas vezes só quer o nosso melhor, o nosso bem. Quer que estudemos, se agrada de nos vermos felizes. São tão simples os sentimentos maternos...


A origem de nossa existência se deve a uma mãe. Se eu fosse um estudioso da origem das espécies diria que tudo começou com uma mãe (que palavra bonita!). Independente dos processos pelos quais este ser gerou uma vida, cuidou para que o bendito sobrevivesse, e originasse a humanidade, enfim.


Minha inquietação é porque fiz meu papel de filho, pelo menos é o que dizia minha mãe, acho particularmente que poderia ter feito mais, mas vejo que a juventude atualmente não caminha para valorizar o que se deve. E lhes adianto: perder a mãe é a maior das dores. Indesejável para o maior inimigo. Não se deseja mesmo. Muitos juízes têm a mãe xingada nas partidas de futebol, mas é uma palavra utilizada que não tem função, está enraizada na cultura do brasileiro alienado. A mesma utilizada no trânsito quando se leva uma fechada. A pobre mãe não tem culpa alguma.


A mulher, além de sofrer fisicamente para carregar peso e responsabilidade, sofre com as mazelas da sociedade de ainda, no século XXI, disseminar preconceito contra seu gênero. Existem movimentos de oposição à violência contra a mulher. É inacreditável imaginar uma cena de violência de um bárbaro contra uma mãe, em minha opinião, já que marmanjos batem em mulheres, as agridem.


O fato é que as mães não têm o valor que merecem, perdi a minha e não gostaria que outras pessoas sofressem com tal ausência. Embora o fim da vida seja inevitável para todos, que cumpramos nossos papéis com nossas mães. Ei "mãe, por mais que a gente cresça, há sempre coisas que a gente não consegue entender." Parabéns mamães. Hoje e sempre.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Aproveite que está em pé e me faça um favor

Aproveitando sempre expressões populares como um possível ponto de partida para uma reflexão sobre as contradições dessa sociedade e a respeito da educação para a vida, apesar de ninguém ler em pé, começo com algumas indagações (leia também indignações) para com possíveis atitudes supostamente apolíticas por conta de nós – corpo docente. Vejamos: é possível que um educador se despolitize e tenha como foco um trabalho socialmente justo para a população de alunos que atende? Política é coisa de político? Caberiam dezenas de perguntas da mesma linha.


Sem a intenção de reduzir alguns assuntos referentes à política educacional, o objetivo é apontá-los para uma futura explanação maior. Pois bem. Segundo Vítor Marinho de Oliveira, a educação (física) é um ato político. É difícil, diga-se impossível ou próximo de, sem ser tendencioso, dissociar a prática pedagógica da política. Por mais que o sujeito educador seja um reacionário neoliberal e moderno com seu pensamento rebocado pela ideologia dominante, também promove um ato político. O mesmo autor anterior também afirma que despolitizar-se é um ato político.


A partir de então, surgem possíveis contradições. O que é a educação para o professor conscientemente despolitizado? Esqueçamos por um momento o educador ignorante. Segundo Marilena Chauí, o ignorante é aquele que desconhece a realidade e não sabe que o faz. Já o mestre alienado, se afasta dos problemas que estão próximos de si mesmo por motivos talvez particulares. A educação para este último então seria doutrinar para o trabalho? Formar adultos despreocupados com a realidade de onde habita e do mundo? E quem se preocupará com esta? Nem uma bola de cristal de última geração da Microsoft conseguiria resolver. Talvez até o término da leitura desse texto algum sujeito educado por uma geração de professores despolitizados consiga ter descoberto uma bola de cristal da verdade com as respostas para as perguntas acima e outras: a cura da AIDS e de outras tantas doenças letais, o fim das guerras, da fome e da violência aos quais, seres humanos estão submetidos a todo o instante. Se for patenteada vai custar caro, mas o Governo pagará. Com o nosso dinheiro.


Aproveite que já está em pé (na luta) e nos faça uns favores: estude, lute, preocupe-se com o rumo em que a sociedade está tomando e principalmente: se organize. O mundo agradece.


Referência:

CHAUÍ. Marilena de Souza. Convite à Filosofia. Ed. Ática. São Paulo. 1999. 11ª edição.

MÉSZÁROS, István. A educação para além do capital; [tradução Isa Tavares]. – 2ª ed. – São Paulo: Boitempo, 2008. – (Mundo do trabalho).

OLIVEIRA, Vítor Marinho de. O que é Educação Física. São Paulo: Brasiliense, 2008.

_________ Educação Física: ideologia e contra-ideologia. Artus, v. 21/22, 1989.

_________ A Educação (Física) é um ato político. In: VII CONGRESSO ESPÍRITO SANTENSE DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 2007, Vitória. Anais do VII CONGRESSO ESPÍRITO SANTENSE DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 2007.

SAVIANI, Dermeval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. 13ª ed. – Campinas, SP: autores associados, 2000.


*Trabalho em construção - sujeito a modificações.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O professor em busca da verdade

Por: Mike Pontes1

A atual idéia de verdade conhecida pela Filosofia se construiu com o passar do tempo desde a época em que os pré-socráticos compunham os pensadores teóricos e raciocinavam em busca de uma melhor compreensão do significado deste termo.

Por mais que não haja um consenso a respeito do significado da verdade – a verdade pode variar de acordo com cada ponto de vista – é acertado afirmar que pode haver uma diferença na sua compreensão, inclusive há deturpação do sentido da verdade quando se pensa na busca pelo verdadeiro.

Prova de que a concepção de verdade pode ser mudada é a temporalidade. Na época da escravidão, por exemplo, a verdade sobre o modo escravagista de exploração da mão de obra era justificada em uma forma espiritualmente superior, como consta em Marilena Chauí. Hoje, possivelmente, após a busca pela verdade, de tal forma que se justificasse o fato dos homens serem iguais – do ponto de vista humano - o meio de escravizar o semelhante para lucro próprio caiu por terra (salvo exceções), uma vez que se chegou a outro consenso sobre a verdade da relação feudal entre senhor e escravo, ou seja, entre homens, seres humanos da mesma espécie. Hoje a escravidão é assalariada, enfim.

Provavelmente em uma época futura, segundo autores marxistas, o conceito de verdade em relação ao sistema atual vigente não será como atualmente é (entendido). A partir das contradições que o próprio sistema gerou, por conta do lucro desenfreado e da perversa acumulação do capital, pode ser gerado outro consenso como já houve com outros sistemas.

A partir dos fundamentos básicos que compõe a busca pela verdade, segundo Marilena Chauí, pode se dizer que além das verdades citadas anteriormente, outras virão à tona, sobrepondo as atuais que deixarão de ser por uma questão de tempo. Voltando para a educação então, a questão da mercantilização da mesma já está há décadas desmascarada para os educadores, por exemplo. Compreendendo, ou na tentativa de fazê-las, as causas das formas de existência humana, é possível perceber que a verdade enxergada hoje não será amanhã tão verdadeira como atualmente é.

O conhecimento está diretamente dependente da verdade que se faz presente em cada época. A verdade é a certeza de que se precisa para formar uma determinada consciência sobre determinada coisa ou acontecimento. Quando essa consciência não é verdadeira não há caminho para se pensar em uma verdade propedêutica. Isso é ideologia. Sem querer reduzir o conceito de ideologia, citado, entre outros por Marilena Chauí2. A ideologia é uma forma de deturpar a verdade quando se utilizam falsos argumentos que por determinada visão, em determinada época, se faz existir utilizando-se de alguns argumentos verdadeiros em sua composição. Fenomenologicamente mostra a essência até certo ponto, de forma mascarada.

Se a sociedade busca e buscava, como consta historicamente a verdade, como pode haver o falso? A mentira? Esse foi o raciocínio colaborativo dos pré-socráticos.

Pode-se ir adiante. Como pode haver a fome, a miséria e a violência? Os desabrigados, sem teto, sem terra? Etc. Porque o ser humano destrói a natureza e junto com esse ato se destrói e destrói seu habitat?

Tendo em vista que a verdade surge a partir da evidência, da visão e da essência, pode-se afirmar que por conta da verdade brotada de um pensamento dominante, a evidência, a visão e a essência podem ser impostas para a sociedade de modo que esta não veja com seus próprios olhos e sim com os olhos necessários para a manutenção do poder vigente onde se deve deixar tudo como está. É preciso ter constantemente olhos armados para com os acontecimentos divulgados pelo sistema midiático atual.

A sociedade conseguirá, talvez, entender a verdade necessária para uma possível continuidade da sua existência, a partir do momento em que entender uma verdade coletiva e consensual para si. Outro consenso, diferente desse deve ser criado. Jean-Paul Sartre propunha que a situação determinante para a vida humana só pode ser superada com o engajamento em projetos coletivos. Darwin afirma que o homem é a única espécie que pode escolher o mundo em que vai viver e transformá-lo.

Referências:

CHAUÍ. Marilena de Souza. Convite à Filosofia. Ed. Ática. São Paulo. 1999. 11ª edição.
CHAUÍ. Marilena de Souza. O que é ideologia. Ed. Brasiliense. São Paulo. 1984. 15ª edição.
DARWIN, Charles. A Origem das Espécies. Tradução de: Mesquita Paul. V. 1. Ed. Lello & Irmão. 2003.
KOSIK, Karel. Dialética do Concreto. Paz e Terra. 1976. 2ª ed.

* Trabalho escrito como requisito parcial para obtenção de grau para a disciplina Filosofia da Educação Física do curso de pós-graduação em Pedagogia Crítica da Educação Física – Universidade Federal do Rio de Janeiro. 2009.

1 Especialista em Pedagogia Crítica da Educação Física. Ufrj.

2 CHAUÍ. Marilena de Souza. O que é ideologia. Ed. Brasiliense. São Paulo. 1984. 15ª edição.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Contradições do avanço tecnológico: a praga do celular – parte 2

O celular tem viva-voz. Há décadas atrás não se acreditaria que a voz de uma pessoa pudesse ser ouvida com tom quase idêntico através de um mecanismo tão pequeno e aparentemente tão simples. O mesmo aparelho é alvo das crianças, digo, as crianças são alvos da forçação pelo consumo e pela ostentação imposta por uma sociedade que supostamente necessita deste recurso. Ele também manda mensagens de texto. Elas são muito úteis quando se quer uma resposta rápida e não se pode dar muita atenção ao aparelho ou funciona bem e local que se pede silêncio.Uma mensagem resolve muitas coisas. Às vezes.


As contradições são muitas, é importante ressaltar que o objetivo aqui não é o desejo de eliminar o aparelho de comunicação, mas sim fazer refletir aquele que de seu uso precisa. Pois bem, o viva-voz serviria a princípio para aqueles que não podem por algum motivo levar o aparelho a altura do ouvido. Por estar com as mãos ocupadas, por estar falando em mais de um celular, etc. Porém às vezes o sujeito que está do outro lado da linha não está devidamente informado de que sua fala é compartilhada com outros cidadãos ao seu redor.


O viva-voz é um mecanismo popularmente recente, nem todas as pessoas atualmente dispõem de um aparelho com tal tecnologia. Sendo assim, é fato que algumas pessoas trazem à tona assuntos com conteúdos particulares, ou seja, expõe toda a sua vida para os outros ao redor de seu ouvinte. Desnecessariamente. Sem falar no fato de que o viva-voz às vezes é utilizado em momentos inadequados, talvez por questões estéticas, as pessoas para estarem numa posição mais elevada perante as outras mostram que seu brinquedo possui maiores recursos e faz uso sempre do bendito viva-voz. Tais momentos são, entre outros, em filas de bancos, supermercados, escolas e quaisquer aglomerações de pessoas em ambiente público. O cidadão não é obrigado a ouvir essas conversas e os bips chatos dos aparelhos alheios, sem contar que o teor do assunto pode ser censurável para parte da população (mirim).


Por falar em mirim, sabe-se que as crianças são alvo fácil das aventuras que o telefone celular proporciona. São dezenas de jogos, downloads de fotos, vídeos, papéis de paredes, etc.


O telefone celular manda mensagens. Existem estudos onde são analisados o tempo em que um motorista leva para mandar uma mínima mensagem. É grande demais para a atenção que é necessária ao trânsito. Celular ao volante já é bastante discutido. Como uma autoridade multará um condutor de veículo motorizado que faça uso de um aparelho de celular para mandar uma mensagem? No ouvido é visível, sem película insulfilm, mas digitando não tem como, por enquanto. É preciso ter bom senso.


Ele atrapalha também em outros lugares. Aluno rindo sozinho na carteira é passível de desconfiança: alguma piada chegou por mensagem de texto, o famoso torpedo.


Por: Mike Pontes


Texto em edição: passível de alterações.